Eu vinha só
Eu vinha só
com meus pensamentos, pensando...
Onde o tempo do verbo,
onde o lugar do ser na vastidão sem fim,
onde o manifesto do Amor?
No silêncio eminente
eu buscava a razão e o discernimento:
o porquê da Cruz, o porquê da dor...
o porquê dos porquês,
o porquê de mim...
E vieram-me respostas...
Incontestáveis! Porém, idéias...
A quem expor? E como?
Palavras? Insana-as, diriam.
Eu vinha só.
Até que num dia ditoso
mandou me buscar um sábio:
mente luminosa, espírito excelso,
coração amoroso, mãos generosas...
Um mestre!
coração amoroso, mãos generosas...
Um mestre!
Reproduzidas em atos terão clareza
(ensinava). Sendo fatos, darão frutos.
Satisfeitos, serão justos.
Seguindo-o já iam multidões,
mentes se iluminavam,
palavras formalizavam-se em ações
no exercício de ser,
no aqui e agora do verbo
à eterna luz do Amor!
Eu vinha só. Eu vinha.
~ Isabel Pakes
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